Pé diabético: complicação que pode
causar feridas

O diabetes é uma doença crônica causada pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou pela debilidade da insulina de exercer seu papel no organismo. Esse hormônio é responsável pelo controle e metabolização do açúcar pelo corpo, portanto a principal característica do diabetes é a alta taxa de glicose no sangue.

 

Trata-se de uma doença comum que atinge, sobretudo, a faixa etária dos 20 aos 79 anos. Atualmente existem cerca de 463 milhões de pessoas com diabetes no mundo, quase 17 milhões estão localizadas no Brasil, que ocupa o 5º lugar entre os países com maior número de diabéticos.

 

Uma das complicações que pode vir a atingir as pessoas com níveis de glicemia descontrolados, é o pé diabético. São alterações que acometem os pés, podendo evoluir para feridas e infecções que, quando não tratadas corretamente, podem acarretar na amputação do membro. As complicações mais comuns em pés diabéticos são o ressecamento da pele e problemas de circulação, que possuem sintomas muito típicos, como rachaduras, formigamento e perda de sensibilidade nos pés.

 

Portanto, os portadores de diabetes devem sempre estarem atentos aos seus pés, uma pesquisa rápida, porém minuciosa no final do dia é recomendável, em caso de alguma dificuldade ou incapacidade, um familiar poderá auxiliar esta pesquisa diária. Devem ser observadas características como surgimento de calos, rachaduras, cortes, queimaduras, feridas, micoses (entre os dedos ou nas unhas) bolhas ou mesmo manchas na pele.

 

É importante evitar ao máximo o aparecimento dessas lesões, pois devido ao índice alto da glicose, a cicatrização pode ser difícil e lenta. Para isso algumas medidas são aliadas aos diabéticos, como manter os pés limpos e bem secos, a pele hidratada, não andar descalço, usar sapatos confortáveis, cortar as unhas no formato correto (quadrado com cantos moderadamente arredondados), se necessário ir ao podólogo etc.

 

Quanto aos calos, que são muito comuns, é importante ressaltar que não é recomendado lixar, cortar ou utilizar ácidos encontrados nas farmácias, o ideal é manter a pele hidratada com cremes que também façam a redução do acúmulo de queratina, promovendo a esfoliação, como por exemplo cremes à base de ureia. A orientação qualificada é imprescindível, pois podólogos especializados no pé diabético, enfermeiros e médicos são os profissionais indicados para cuidar dos calos e demais alterações.

 

Por último, mas não menos importante, ressalta-se a importância de uma dieta equilibrada, à base de carnes magras, peixes brancos, cereais integrais, batata, yacon, verduras e legumes que não sejam ricos em carboidratos. A alimentação deve ser feita com o acompanhamento de um especialista, pois embora sejam alimentos saudáveis, devem ser consumidos de forma ponderada, garantindo assim, maiores probabilidades de sucesso no controle da glicemia e consequentemente uma boa qualidade de vida.